domingo, maio 11, 2008

Para que amar?


Sequer há um objeto para este verbo e o pobre sujeito fica sem poder concluir sua ação...
Dentre tantos complementos possíveis nesta vida, o amor é o único que leva a solidão...
É verbo intransitivo, por si só é explicativo. Quem ama: ama, só e simplesmente ama...
Morte certa, a dependência é incurável, torna-se cicatriz profunda que sempre volta a doer...
O impossível não tem limite, o amor transcendo o tempo, o espaço e a compreensão...
É a estranheza de frases soltas no papel, o surreal se estende a realidade sã...
Com o ponto final inexistente, as reticências são usadas até a exaustão...
E porquê ninguém me compreende?!
Amar o amar, amar a quem sou, amor meu...

Ponto.
A falta de sentido se faz presente, para que amar então?
Sem correspondência, sem presença, sem veemência...
A vontade de um fim bate como decisão:

Amo por amar