segunda-feira, fevereiro 12, 2007

"Desapaixonar..."



Saltar de um precipício atingir velocidade máxima e planar sobre a terra!
Sentir o vento no rosto como se o mundo estivesse simplesmente acabando e nada mais importasse a não ser a adrenalina daquele último beijo.
Ser o resultado de uma reação química inconseqüente, ter a certeza de que não sobreviverá a experiência e mesmo assim rir com gosto da fatalidade.
E nessa euforia de jogar tudo para o alto, é gostoso parar para sentir o coração, que bate com tanta força tomando conta de todo o corpo, como um arrepio incontrolável e delirante.
Nessa solidão a dois é doloroso cair sem apoio: o precipício já é ilusão, do vento restou poeira, do beijo a lembrança, da química o desastre, e do coração...
Nada.