sábado, maio 29, 2010

Rancor?

Não... Essa palavra não existe no meu vocabulário!
Apesar da minha memória de elefante querer insistir em me massacrar com as piores lembranças possíveis. Elas chegam sorrateiras, como um veneno letal que consome tudo o que há de bom e sólido no meu coração, vão me apertando pelos pulmões, coçam minha garganta, e se esvaem por meus olhos. São memórias nojentas, podres, muito podres, o fedor delas é tão insuportável que uma vez emersas são difíceis de ignorar.

Ai, como me doem os ossos! Meu sustento, minha força de vontade parecem frágeis demais para tanto peso. Ai, como me amarga a alma! Saber que tais elementos pútrefes decantam em mim...
Rancor?
Não... Não consigo me livrar desse aí!

Mas quem sabe algum dia...