sábado, junho 28, 2008

Discussão

Passemos para o fato simples, por que não? Basta escolher: ficar ou abandonar. Bem, melhor não. “Abandonar” tem esse tom melodramático que me traz um leve ar de desgosto, e como a intenção é esclarecer e não entorpecer a situação, deixemos de lado o abandono e foquemo-nos na questão.

A real pergunta, aquela genérica que se perde no emaranhado da vasta capacidade humana de avaliar superfluamente. Estranho? Sim, talvez seja, mas, por exemplo, ao observar uma caixa fechada e sem aparente abertura, a imagem exterior que se forma em nossa mente é capaz de nos levar a loucura de tantas as opções que nossa curiosidade tenta figurar sobre a essência da caixa.

Pois bem, sem mais rodeios por fim pergunto: POR QUÊ?! Redundante? Reformulo: Por que chegamos a essa situação? É justamente isto que mais me intriga

No início era tudo tão linear, o caminho era claro e seguro, de repente surge névoas, e já não sei para onde ir, me perdi nessa procura, e nos nossos breves esbarrões sempre caio; me impressiona a sua despreocupação ao me abandonar...

Verdade, retornei para o abandono do início, mas agora tenho certeza de que não vou recomeçar.

segunda-feira, junho 16, 2008

O sistema de relacionamento global

A globalização surgiu com a necessidade humana de integrar-se a outros indivíduos, influenciando as relações comerciais, num âmbito mundial; sociais, com relação a comportamentos padrão a serem adotados; e intrapessoais, quanto a liberdade de escolher aqueles com quem seria interessante relacionar-se.
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Divórcios e a redução de compromissos definitivos, como casamentos, são, no geral, as evidências de como o "verdadeiro amor" tem sido manipulado. Os estereótipos e a mídia mantêm as bases desse alto índice de falsas escolhas entre a população, através de distorções dos reais significados de um sentimento amoroso, que deveria ter o companheirismo, o respeito, a sinceridade e o carinho como os elos de um relacionamento.
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Os exemplos sensacionalistas marcados pelos escândalos, traições, presentes caríssimos e paixões fulminantes, que nos são apresentados, incentivam para que se mantenha esse padrão de relação; garantindo um consumo confirmado desse tipo de "produto".
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As peculiaridades culturais também tem sua parcela de culpa, mas não há como comparar com a desenfreada "unificação" incentivada pela globalização, o que leva as pessoas a adotar posturas atípicas de sua formação pessoal, muitas das vezes submetendo-se a solidão, por acreditarem ser incapazes de estabelecer um relacionamento de acordo com o molde aceito pela sociedade.
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A falta de singularidade de pensamentos concretos com relação às demais pessoas é, talvez, a consequência mais atenuante desse mundo interligado. As dúvidas, o receio e a insegurança quanto ao outro formam barreiras, o que pode vir a culminar em uma sociedade desfalcada de emoções e repleta de relacionamentos previsíveis, num mundo sem escolhas ou opções.

quinta-feira, junho 12, 2008

Dia dos namorados (Tô inspirada! ^^)

Só Hoje -- JotaQuest

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito
Nem que seja só pra te levar pra casa
Depois de um dia normal
Olhar teus olhos de promessas fáceis
E te beijar a boca de um jeito que te faça rir

Hoje eu preciso te abraçar
Sentir teu cheiro de roupa limpa
Pra esquecer os meus anseios e dormir em paz

Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua
Qualquer frase exagerada que me faça sentir alegria
Em estar vivo

Hoje eu preciso tomar um café, ouvindo você suspirar
Me dizendo que eu sou causador da tua insônia
Que eu faço tudo errado sempre

Hoje preciso de você
Com qualquer humor, com qualquer sorriso
Hoje só tua presença
Vai me deixar feliz
Só hoje

domingo, junho 08, 2008

"I'm so tired of playing this game"

Talvez seja também o medo. Aquele, de que o novo não seja tão bom quanto o antigo, ou pior, que seja melhor, gerando um novo ciclo, onde a novidade vira a antigüidade, e esta, nada mais que uma boa lembrança para se recordar.
Esse nosso apego às conquistas que temos torna-se frustrante quando o prêmio não mais é de valor. Nos vemos numa encruzilhada, são inúmeros caminhos possíveis, e lá estamos: parados, sem saber para onde ir, agarrados ao nosso troféu de latão, muitas das vezes sem querer ao menos sair dali.
Mas o que mais incomoda mesmo, é ter a certeza de que nunca iremos mudar, a não ser que realmente queiramos fazê-lo! Parece impossível explicar essa sensação, esse nó na garganta, quando finalmente chega a hora da mudança, e simplesmente nos entregamos a intimidade de sempre, e isso, apesar daquele friozinho na barriga que pede por uma aventura, que pede por algo novo, mas é abafado por um beijo sem gosto de um velho conhecido que é o passado.
E continuo me perguntando porque é tão difícil! Basta um não, NÃO, N-Ã-O! Um não que sempre trava antes de chegar na ponta da língua para finalmente sair. E de novo entro num redemoinho: fico sem chão, sem saber como sair, me deixo levar pelo velho costume de sempre ir. Cansei...