terça-feira, janeiro 30, 2007


Felicidade é um anjo caindo das nuvens e, com prontidão, abre suas asas exaltante, e retorna àquela nuvem solitária, sorrindo, satisfeito da sua proeza. É caminhar por entre os teus dedos desertos, sentindo-se em boa companhia após as lágrimas do teu coração brilharem... E perceber que inútil é não contar-te os teus segredos. É perder-se na eternidade de um sonho e acordar com um abraço apertado; delirar sob a força do amor e render-se ao seu poder até acabar com um fio de esperança, que renasce dentro de ti, e tu compartilhas. É... Saber explicar o mundo dos teus olhos, como em um novo amanhecer... Cintilante no teu caloroso silêncio, e metódico ao som dos versos teus.
Mas, de repente você diz a si mesmo: ''viu só o que construiu dentro de si?! um universo de limitações; são coisas impossiveis que nem no pensamento atingirás; são coisas distantes do outro lado do mundo, elas estão com você, difíceis, sim. você se reconstruiu e se sobrepôs, quando na verdade devia ter construido sua vida dentro de ti.''
Felicidade é cada um.
É, por um momento, ver o que ninguém consegue enxergar...
Então você deveria tirar seus olhos por hoje... Deixá-los descansar um pouco, porque as vezes se cansam de ver, de chorar. E pensar que, talvez, a sua única preocupação seja não encontrar alguém tão bom quanto você.

Sorrir. E respirar essa coisa que é vida!
Nathalia

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Quebra-Cabeça! (decifre se puder)

E qual é a verdadeira importância? De tudo isso ao nosso redor? Qual a verdadeira importância? Das pessoas que estão do nosso lado? Mas será que elas estão do nosso lado? Ou simplesmente estão na nossa frente, ou pior estarão elas em sentido oposto? O choque parece praticamente inevitável...
E a dor que sentimos? Qual será sua verdadeira importância? São angustias e remorsos, são todas aquelas palavras que esquecemos de dizer e que agora retornam fatalmente...
E será que realmente somos nós quem escolhemos o mundo que nos circunda? É impressionante as surpresas que temos, é tudo tão inédito, tão desavisado, é tão incrível como nos cobram o que ninguém sabe...
Mas somos seres humanos, seres em busca de perfeição, por isso é inadmissível a ignorância. Colocar-se em um pedestal sempre é fundamental.
Mas enfim... Quem devem ser os escolhidos para ficar do nosso lado? Deveríamos saber? Deveríamos escolher? A dúvida sempre leva a resposta correta... Mas nós não somos corretos... Talvez sejamos os seres mais errados existentes, pensamos tanto, para tão pouco, e esquecemos o que realmente é importante: O relacionamento entre nós mesmos. Lógico não é? Senão não haveria tantos de nós.
Nós... É engraçado não? Pensar assim... Temos tantas características individualistas, presamos tanto pela personalidade, mas sempre usamos “nós” quando queremos na realidade usar “eu”... E será que “eu” tenho alguma importância? Pelo menos para “nós” não... Mesmo tendo “nós” como elemento fundamental de “eu”...
Quem deveria ser os “eu” ao lado de “nós”? É uma pergunta realmente desconfortável... Afinal “eu” é tão importante para “nós”. TODOS os “eu” são tão importantes para “nós”... Será que é tão difícil escolher “eu”? De novo... O ego humano atrapalha a pergunta... Correção: Quem deveriam ser “nós” para fazer parte de “eu”?
Enfim a verdadeira pergunta... Sem resposta suponho... Mas se “nós” repararmos bem, é simples ver os escolhidos: os “eu” que mesmo antes de “nós” se perguntar quais “eu” deveriam escolher, já haviam escolhido “nós”...
Mesmo assim, “nós” continua a ignorar “eu”, mesmo sabendo que “eu” faz parte de “nós”, que “eu” foi importante, que é importante...
Seria muito complicado parar de pensar como “nós” e passar a pensar como o “eu”?
E qual a verdadeira importância disso? Confuso... Muito confuso... Entender talvez seja mais complicado que a confusão, afinal, confusão se identifica...

terça-feira, janeiro 23, 2007

Carta de resgate

Queria descrever esse sentimento, isso que tem me atormentado nos últimos dias. Se pudesse me livraria, já o teria feito a muito tempo, mas a distancia me castiga, e me força a esperar com olhos embaçados o tempo. O ontem é comemorado, menos um dia vazio; o hoje são essas horas que espero com agonia pelo dia seguinte que tem gosto em tardar; o amanha é tão triste... Quantos amanhas mais terei de esperar até o amanha final? Mais uma vez castigada: sei contar o tempo. Marcando numa folha qualquer as noites mal vividas, mesmo estando desejosa da próxima. E é tanta expectativa, que aos prantos vejo passar apenas 5 minutos desde a última vez que verifiquei as horas. Parando para pensar no tempo, agora vazio e incontável, percebo esse espaço no peito, pulsando pelo que não pode ter, gritando e sangrando de amargura, com tantos ferros e marcas que o prendem, logo será imperceptível até mesmo suas batidas, tenras de tanto desgosto... Desgosto do tempo, da distancia, das idéias que envenenam a mente, dos olhos marejados de lagrimas, da falta de cor, de som, da falta do cheiro, desgosto da tal saudade. É isto! A saudade que antes era sombra, agora é corpo inteiro. É fome de carne (mesmo provando de todas, ser ainda assim insaciável), sede de saliva (que não morre, mas me mata), é não sentir nenhum outro cheiro (ignorante dos demais odores), o toque insensível (apesar de tocar apenas a mim mesma), só a cegueira não me incomoda (por ser, talvez, meu último critério de citação). Felizes são as lembranças, imagens intocáveis, tão queridas, mas que logo a saudade vem manchar... Então recorro ao sonho para aproximar, é tão breve, segue-se o despertar. Despertar para o que? Não há nada na realidade que agora me satisfaça. Já não durmo mais, pois até os sonhos a saudade me tirou (tornaram-se sufocantes). Não sei o que oferecer por minha liberdade, nada tenho! Nem a mim mesma pertenço mais... Só tenho a tal da saudade que não sei descrever...