quinta-feira, maio 24, 2007

Brilho de Lixo

Quão decadente pode ser?
O ser que não se vê no espelho
Quão vivo pode ser?
O ser sem amar a si mesmo

E o que pode fazer?
Correr, chorar, morrer...
Sem ter a vida da qual
Teu gostar tanto quer ter?

E porque não há ilusão?
Se ela mostra a realidade tão querida...
Sendo que esta vivida
Não passa de falsa defesa

Então...
Para que procurar?
Não há de achar brilho em qualquer lixo
Não há de achar qualquer lixo no brilho

Nessa mescla sem sentido
O opaco lustra-se por ninguém
E o ninguém só existe
Para fazer tudo mais inexistir

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