sexta-feira, abril 20, 2007

Rixas

E me deixas feridas em carne viva
Ardentes, misturadas a meu amargo suor
Meu contentamento com seu encantamento
Devaneia-se
E chorar iria eu
Se tu já não tivesses arrancado todas as lágrimas
De minhas órbitas enganadas.

Ai de mim!
Que julgo pouco o quanto sofro por tais escombros
Persegues-me ao abandonar-me
Abondona-me ao aproximar-se
E aproxima-se quando já não há mais o que fazer por onde.

E digo: noite é dia
E pelos dias meus olhos cerram-se
Só há claridade imperando pela falta de tua sombra

Queria eu esconder-me embaixo da pele
Daquele que arracou-me até o que não tinha
Amor-próprio grito eu!
Mas logo teu silêncio instiga-me
A amar mais que posso


Toma-me e deixa-me de lado
De minha boca já não saem palavras, mas o coração em si
E tu cifras-se em devaneios,
Rodeios e floreios nos quais me perco

Quem dera eu usufruir do passado
Mas voltas e de novo me prendes
Asas por favor, alcancem os céus!
Dor...
Torne-se doce diante dessa amarga alegria...

Ah! Quem sou?
Falando de amor com versos chulos e sem rimas
Na falta da tua musica
De palavras me basto

Acalento-me e desprendo-me
Esse ser agora peregrinando ruas ferinas
Desfaz-se ao sabor do vento.
E naquele último instante de suspiro...
Suicídio.

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